quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Portal Sodero, Togeiro, Ferreira e afins

Portal foi criado para honrar nossos antepassados e possibilitar a genealogia da minha família para informar aos descendentes nossas origens. Somos muitos, vivendo em diversas partes do país e muitos já no exterior.
A necessidade surgiu quando decidi homenagear meu bisavô FRANCISCO SODERO, imigrante italiano, que dorme sob sua parcela de contribuição ao nosso Brasil e, sobretudo, à cidade de SILVEIRAS/SP, onde viveu a maior parte de sua vida, sem re/conhecimento público e familiar.
Fiz-lhe um poema que foi publicado na Revista Il Convivio, da a Accademia Internazionale Il Convivio, Castiglione di Sicilia - Sicilia/Itália da que faço parte.
Além da tradição oral, anotações de conversas com familiares, contei com um livro base - A FAMÍLIA “SODERO” NO BRASIL - Notícia elaborada pelo professor Carlos Martins Sodero, abrangendo os membros da Família no Brasil e seus antepassados italianos e portugueses. Piracicaba, maio de 1941. Narra a origem dos Sodero/Soderini, a vinda de Fernando e de Francisco para o Brasil e suas descendências. O lado português – Martins – ligado aos Sodero vem de Barra Mansa/RJ. Foram adaptadas algumas informações para dar forma impessoal à narrativa da crônica familiar.
A estes dados acrescentei a genealogia Togeiro, a partir dos nossos ancestrais espanhóis Justo Tojeiro e Manoela Tojeiro, da Galícia e Cantábria, dos quais dois dos filhos vieram Para o Brasil - Arthur Tojeiro e Florêncio Tojeiro e, estiveram na região de Barra do Piraí, São Pedro da Aldeia e Rio de Janeiro. O patriarca Florêncio Tojeiro, espanhol, e a matriarca Maria Augusta se Alcântara e Costa, portuguesa de Traz-os-Montes, filha de Pedro Alcântara Costa e de Etelvina de Carvalho Costa, residiram no Rio de Janeiro antes de transferirem residência para o interior de São Paulo, Silveiras e entorno.
Mais dados sobre os Sodero, Togeiro, Martins e afins estão no blog exclusivo da Família e para ter acesso é preciso ser cadastro. Faça contato e seja incluído. Estão os descendentes dos Sodero, Togeiro e afins convidados. Agradeço o envio de dados e fotos para as lacunas que serão preenchidas permitindo a genealogia no portal
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FRANCISCO SODERO, filho do Capitão Carlo Sodero (filho de Cesare Sodero, da ilustre estirpe dos Condes Soderini, originária de Florença) e Serafina di Grazzie, “nasceu em Messina a 16-12-1851 e faleceu em Silveiras a 27-1-1921. Fez em Nápoles ótimo curso de humanidades e desenho. Veio para o Rio de Janeiro, onde desembarcou em dezembro de 1879. Depois de aí trabalhar como guarda-livros de uma casa comercial italiana, a chamado de seu irmão”, Fernando Sodero, “veio para Rezende onde se dedicou ao ensino de humanidades. Casou-se a 27-10-1887 com Orlandina Martins Sodero, viúva de Fernando Sodero, transferindo a residência da família para Silveiras (S. Paulo), onde se estabeleceu com casa comercial dos mais variados artigos, à moda do tempo. Foi pessoa proeminentíssima na vida social de Silveiras, havendo ocupado diversos cargos públicos e nas instituições locais de beneficência e nas comissões que ali se organizaram para fins úteis e necessários. A Santa Casa local deve o seu não fechamento a Francisco Sodero que, apelando perante a ilustre figura do Dr. Bernardino de Campos, então presidente do Estado, obteve os urgentíssimos recursos de que aquela casa necessitava para não cassar seu funcionamento. Fez parte da primeira edilidade que ali funcionou após a proclamação da República, exercendo o cargo de intendente; mas, deposto o Dr. Américo Brasiliense, em S. Paulo, em conseqüência da queda do Marechal Deodoro, foi Francisco Sodero detido na sala das sessões da municipalidade e intimado sobre a nova ordem estabelecida e visto estar interinamente na presidência da edilidade. Serviu como promotor público interino e curador de órfãos e foi juiz de paz do distrito da sede. Fundou, com o apoio de moços e moças da localidade, a Sociedade Dramática Silveirense, cuja finalidade visava proporcionar à mocidade e suas famílias diversão de caráter educativo e favorecer a conservação do teatro, da igreja e da Santa Casa locais, para os quais revertiam os saldos verificados. Francisco Sodero encarregava-se da direção dos ensaios, composição dos cenários e caracterização dos figurantes. Conhecendo primorosamente o italiano de Dante, o latim e o francês, que falava corretamente, fácil foi apropriar-se da técnica da língua portuguesa, que veio a falar com a máxima perfeição. Orador nato, nunca deixou de patentear seus dotes oratórios onde eles se declarassem necessários, e, no júri da comarca, como defensor “ad-hoc”, a pedido dos magistrados, ou como advogado contratado ou como promotor interino, sempre se revelou um talento de escol, servido por veemente desejo de alcançar o bem. “No periódico “O Silveirense”, fundado em abril de 1897 por ‘Carlos Martins Sodero e seu irmão Cesar, por sugestão deste’, raramente o artigo de fundo deixou de ser lavra de Francisco Sodero.” (foto de família)
No portal http://www.valedoparaiba.com/terragente/jornais/silverense.htm encontramos um exemplar de “O Silveirense”, de nº 32, de 16-8-1898, único que se restou e de que se tem notícia em que ele consta como o proprietário do jornal.
Consta ainda que Francisco Sodero era grande pintor, apesar de não se ter conhecimento de que lhe haja alguma obra remanescente.
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Descendência de Francisco Sodero:
1. AMÁLIA (MARTINS) SODERO DE CARVALHO, nascida a 7-8-1888. Casada com Argeu Mendes de Carvalho. Deixou descendência.
2. HILDEBRANDO MARTINS SODERO, nascido a 18-10-1890 em Silveiras e falecido em 1956, em Silveiras. Casado com Ismênia Ferraz de Andrade. Deixou descendência.
3. PÉRICLES MARTINS SODERO, nascido a 10-10-1892. Casado Maria Aparecida Fogaça. Deixou descendência.

4. AMBROSINA (MARTINS) SODERO HORTA, nascida a 17-11-1894. Casada com João Ribeiro Horta. Deixou descendência.

5. MARIA APARECIDA (MARTINS) SODERO TOGEIRO, nascida a nascida a 8-5-1897, e falecida em 12-8-1934. Casada com Oto Togeiro da Costa em Silveiras.
6. JOSÉ MARTINS SODERO, nascido a 3-6-1899. Casado com Carmem Fernandes Melino, espanhola. Deixou descendência.
7. EUGÊNIA MARTINS SODERO GONÇALVES, nascida a 15-10-1901, casada com José Gonçalves. Deixou descendência.
8. SERAFINA (MARTINS) SODERO FERRAZ, nascida a 11-10-1903. Casada com Sebastião de Andrade Ferraz, deixou descendência.
9. IDALGISO MARTINS SODERO, nascido a 10-12-1905 e falecido a 22-10-1907.

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Descendência de Fernando Sodero:

FERNANDO SODERO

1 – CARLOS MARTINS SODERO, nascido a 29-12-1881. Casado com Maria Joaquina (Maricota) Marcondes Pereira Sodero. Deixou descendência.
2 – CESAR (MARTINS) SODERO, nascido a 25-9-1883, e falecido em 8-1-1937 na cidade de Niterói/RJ. Casado com Maria de Alencar Sodero, sem descendência.
3 – FERNANDO MARTINS SODERO, nascido a 9-6-1885. Casado com Paula Rodrigues Viana. Deixou descendência.
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Descendência de Florêncio Togeiro da Costa:
1. ARTUR (ARTHUR) TOGEIRO DA COSTA. Casado. Deixou descendência.
2. AUGUSTA TOGEIRO DA COSTA, casada, deixou descendência.
3. CAROLINA TOGEIRO DA COSTA ANDRADE. Casada. Deixou descendência.
4. ISAURA TOGEIRO DA COSTA (?) 5. LAURA TOGEIRO DA COSTA (?)
6. LUCILA TOGEIRO FIGUEIREDO. Casada. Deixou descendência.
7. MANOEL TOGEIRO DA COSTA, casado, não deixou descendência.
8. OTHON (OTTO/OTO) TOGEIRO DA COSTA – OTTO, depois OTO. E acabou virando Togeiro. Casado. Deixou descendência.
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Um pulo no presente:
Maria José Togeiro Galvão (tia Santa)
Minha mãe já dizia de três coisas que não se discute:
Política Moral do próximo Religião.
Com o tempo descobri que ela estava (sempre) certa.
São facas de dois ou mais gumes.
Religião, existem muitas religiões. Cada povo tem a sua, alicerçada na sua cultura. Qual a melhor? No meu entender, não há. Será de acordo como vivemos nossa opção religiosa. Cada um tem seu pensar a respeito e eu respeito o de cada um.
Moral... É aquele ditado: ‘senta no rabo para falar dos outros’.
Política. Desta todos entendemos. Todos somos gurus. E eu não escapo dessa. Teço minhas teorias, exponho soluções também.
Soluções feitas de palavras enchem o mundo. Mas nos meios de comunicação – rádio, televisão, internet, os apelos e as reportagens são para a violência contra o povo. O ser cidadão pleno tem direito assegurado na constituição, nas cartilhas dos direitos humanos, falado em todos os cantos do planeta. E no real nem todos têm onde morar, o que vestir e, o pior, o que comer. Claro que, empobrecer os que têm para dar aos que são miseráveis por falta de opção, não é solução. Excluindo aqui a corrupção, o enriquecimento ilegal, tráfico e tráfego, todo qüiproquó em torno do alheio etc. Solução é justiça social.
Falar de justiça social é algo que transcende o bom senso coletivo, é preciso vir do individual. Temos de mudar cada um no seu modo de ser. Só assim seremos exemplos para os que dirigem os países, os que orquestram nos grandes bancos a economia dos países, o destino do mundo. É a esta conclusão que cheguei. Coisa difícil, porque o lucro está acima do ser humano. Comecei falar de política e já estou me perdendo. Eu queria mesmo não era falar dessa política, e sim falar das políticas que cercam o ser humano do individual para chegar ao coletivo, de ser único para ser povo, nação. Isto porque ao nascermos somos registrados, só assim existimos e podemos reclamar direitos. Quando nos casamos é costume assentar no cartório de registro de nascimento que nos casamos. Os proclamas evitam as bigamias, que ocorrem, todavia, legal ou ilegalmente. Quando morremos para sermos enterrados precisamos de um atestado de óbito e levá-lo ao cartório. A notícia corre. Mal passou o velório, sobretudo nos interiores, as aposentadorias de quem as têm são imediatamente interrompidas. Até os bancos ficam sabendo. Damos baixa no CPF para evitar que espertinhos façam um morto de laranja para negócios escusos. No entanto, devia haver uma política que assentasse o óbito no cartório onde se registrou o nascimento. E interligasse as informações aos TREs do país. Ah, sim porque essa política é importante para cortar ou manter vivos os eleitores.
A política é que depois dos 70 o voto é facultativo. Mas e depois dos cem? É... E depois dos 100 anos?
Aconteceu com minha tia de 102 anos, que mora na cidade de Cruzeiro/SP. Foi votar e já não estava nas listagens.
Neste tempo em que a política dos EUA tapa a nossa com sua rica eleição para presidente e que a sua política econômica falida se esparrama sobre a gente, quando só lhes parece ter dinheiro para manter guerras, detalhes de nossa vida nos passam despercebidos. Assim, enquanto vamo-nos sufocando com políticas inúteis dentro da política, quimeras de serem mais importantes, minha tia momentaneamente deixou de existir nos cartórios eleitorais. Nem teve importância. Parecia um fato corriqueiro sem maiores conseqüências. Bem viva, teve a sorte de um fotógrafo, cuja política não é dormir no ponto, estar lá justamente no momento certo para registrar o acontecimento.
Tia Santa, nascida Maria José Togeiro, graças a ele está redimida aos própiros olhos e aos do mundo, prova concreta de existir sem se entender adiantadamente morta. Felizmente não precisou provar que está viva, como muita pessoa precisa fazer. Conheço uma assim. Morta-viva.
Além do mais em Cruzeiro quando uma pessoa morre ainda é costume passar um carro anunciando pelas ruas da cidade, dando os dados e o horário do sepultamento. E para ela não passou.
Ah, Renan Odorizzi é o fotógrafo-jornalista, de Cruzeiro, a quem agradeço ter liberado a foto para o blog dos Sodero Togeiro. Seu trabalho pode ser visto no endereço http://www.flickr.com/photos/renanodorizi/2928646310/#DiscussPhoto, bem como a foto da minha tia. Afinal, o mundo é sua testemunha. Ela é um exemplo de que, mesmo estando nossa política em contínua tentativa de reconstrução, a sua política é estar atenta na escolha do mais adequado.
E eu contínuo concordando com minha mãe. Com tanto palpite, inclusive os meus, Política também não se discute, sobretudo quando há tanto partido, tanto candidato, tanta necessidade básica (moradia, salário, saúde, educação, lazer...) indeferida e agora, culpando a crise econômica mundial, a política da política será mantê-la mais uma vez protelada.
Por isso, acredito que a esperança sustenta o futuro do mundo. A esperança e pessoas como tia Santa que constroem e esperaçam o futuro.
É isso aí, de olho vivo, bem viva, Tia Santa!